segunda-feira, julho 04, 2016

Sonho INSETOS

Lilian acordou cedo sem saber que o mundo lá fora estava virado de ponta cabeça. Ao sair de sua casa para o trabalho  viu  uma cena caótica: pessoas correndo feito loucas gritando sobre uma  tal invasão de formigas gigantes, uma confusão total. Pensou consigo: minha velha mania de nunca olhar as notícias antes de sair.
Andando pelas ruas um tanto perdida resolveu olhar para trás podendo observar uma multidão correndo na sua direção, subiu na calçada e, como um reflexo, grudou no muro de uma escola. Assim que a multidão diminuiu, pôde avistar um monte de seres estranhos, enormes vindos ao longe, pareciam formigas gigantes. O que fazer agora?  correr......
Lilian correu desesperadamente, resolvendo descer por uma rua deserta diferente do caminho escolhido pela multidão. Correu tanto que nem percebeu que não existia mais nada  perseguindo-a,  parou pra descansar. Tempos depois observa um carro ligado na frente de uma casa, aproximou-se e ao chegar sentiu alguém puxar seu braço e foi jogada dentro do veículo, que logo saiu em disparada, só deu pra notar o motorista: um homem totalmente desconhecido. Ao olhar para trás percebeu dois adolescentes, todos se encontravam totalmente em silêncio, aparentemente em estado de choque.
Com um silêncio perturbador, Lilian acabou adormecendo....não se sabe quanto tempo se passou desde então com o motorista seguindo pela estrada deserta, mas sabe-se que sua tentativa de dialogar quando acordou foi falha.
— Qual seu nome? O que está acontecendo? — O silêncio continuou por algum tempo, mas, respirando fundo, ele acaba respondendo:
— Meu nome é Lucas! Este é meu filho Jorge e seu amigo Mateus. Estávamos em casa... Quando fui procurar minha esposa no quintal... .e encontrei uma coisa enorme, parecia uma formiga e estava com uma pata enfiada nas costas dela, a única coisa que fiz foi pegar meu filho e seu amigo entrar no carro e sumir o mais rápido possível.
O silêncio novamente  toma conta do carro, depois de horas viajando por uma estrada onde tinha apenas vegetação pararam numa espécie de barranco. Desceram do carro e, ao olhar do lado, avistaram uma casa próxima ao mar. Como estavam famintos e cansados resolveram ir até o local que se encontrava vazio, possuindo uma dispensa farta como se alguém tivesse preparado para passar um bom tempo ali. Sentiram-se protegidos.
Passaram diversos dias, Lilian começou a entrar em desespero pelo fato de se encontrar isolada sem telefone, internet, televisão ou qualquer outra coisa de comunicação. A sensação de não saber o que está acontecendo no mundo e o inicio da escassez de comida deixam-na maluca.
Mais uma manhã ensolarada..... Lilian se encontra na água límpida do mar. A praia é linda, extremamente limpa diferente de muitas que havia visto. Porém, ao olhar para paisagem ela se desespera com as criaturas enormes que estão descendo do mesmo barranco pelo qual desceu dias atrás. Correu em desespero para a casa avisando os três rapazes, que aflitos correram junto dela para o fundo da casa subindo para o telhado por uma escada. Lá de cima Lucas pôde ter uma visão do chão enquanto a moça estava abraçada aos garotos, quando de repente, três criaturas estavam no telhado. Eles pularam na laje logo abaixo, entrando em uma área fechada trancando a grande porta de vidro atrás deles prendendo patas horripilantes. Observando as criaturas de olhos amarelados, com suas patas e corpo cheio de pelos amarronzados; todos se perguntam:  - O que é isso?
Passou-se algum tempo até perceberem que as criaturas não se mexiam mais, como se estivessem sido paralisadas. Lucas resolveu então sair pela janela, andando pelo telhado para observar que tudo se encontrava vazio onde os únicos monstros que eram visíveis eram aqueles três presos na porta, imóveis. Todos  retornaram para dentro da casa, Lilian liga mais uma vez o rádio ouvindo mais do que estática, uma voz que saia do aparelho dizendo que as criaturas haviam morrido misteriosamente, mas que o caos continuava devida a multidão faminta que corria sem direção para todos os lugares. O rádio fica totalmente mudo, nenhuma outra estação funciona.
Todos vão pra fora da casa, avistam no alto do barranco uma multidão de pessoas. Uma das pessoas da multidão aponta na direção deles e todos descem a rua como loucos. Lilian e os rapazes se encaram e pensam:
O que é pior: insetos ou a multidão?



quinta-feira, março 24, 2016

Sonho Disco Voador

Está muito calor! Clara resolve ir até a sacada de seu apartamento e da varanda observa a calmaria da noite. Ela mora no segundo andar de um pequeno edifício na parte alta da cidade tendo como vizinhos: mercadinhos, casas simples; uma vista da periferia que se estende com muitos telhados,  poucas árvores, muitas ruas e calçadas.

Uma brisa refrescante toca seu rosto, por um tempo fica perdida em seus pensamentos e dali contempla a ampla visão da cidade, e  um silêncio perturbador toma conta do lugar deve ser porque  já é tarde da noite.

Voltando para a sala, resolve procurar algo pra assistir na TV numa tentativa de passar o tempo já que o sono não chega,  mudando de canal encontra um filme interessante, mas logo fica sonolenta e ali mesmo ela adormece. Um estranho barulho acorda Clara, parece uma sirene, com um certo esforço abre os olhos, espreguiça-se e resolve prestar atenção no som, dirige-se a varanda. 

Olhando do lado direito da cidade ela observa algo estranho, ao longe estão quatro objetos cinza escuros em forma de disco, voando lado a lado. Clara fica sem reação e sem entender, os objetos param no ar, de repente giram e ficam na vertical e uma luz acende na parte debaixo. Passam-se alguns segundos e as luzes descem encima das casas simultaneamente, resultando em quatro explosões, 

Clara cai para trás assustada. Ao levantar-se , fica confusa, não consegue acreditar no que está acontecendo e dai se da conta que as coisas estão piores do que parece e ao olhar do outro lado da cidade vê vários focos de incêndio e fumaça. Clara está atordoada, agora são várias sirenes, gritos, uma loucura total. Ela olha novamente para o céu e lá bem distante surge mais objetos, vários deles, não resta outra coisa a não ser correr pra dentro do apartamento numa tentativa de se proteger.

Desesperada dentro do apartamento, o que fazer?

Clara resolve descer correndo as escadas, apavorada, toda sua vida passa em seus olhos. Na rua as pessoas correm pra lá e pra cá, uma gritaria sem fim. Clara cobre as orelhas com as mãos, numa tentativa  inútil de fugir da realidade. De repente um clarão, silêncio.........


quinta-feira, outubro 22, 2015

Sonho Poço com lama

Lá está o poço mais temido da região, localizado em um terreno vazio, extenso, cheio de mato. Existem diversas histórias sobre este lugar, dizem que quem cai nele e quem tenta resgatar nunca mais volta, desaparece como mágica. O assustador é que já tentaram enchê-lo de terra com vários caminhões, depositaram até entulho, mas não tiveram sucesso.
Eu vivo próxima ao poço com meus dois filhos, sempre o observo incomodada e perco o sono por causa dele. Meu filho mais velho tem doze anos e minha pequena apenas um ano e meio, sempre procurei mantê-los afastados daquele lugar.
O tal poço é cercado por mato verde, um de seus lados é inclinado formando uma rampa para a escuridão. Posso escutar constantemente conversas sobre o poço, mas ultimamente ninguém  teve coragem de se aproximar dele, nem mesmo tentaram acabar com o sofrimento das famílias das pessoas desaparecidas.
O dia está bonito, observo distraída minha filha brincando na sala, saio de casa, ouço meu cachorro latir sem parar, olho em direção ao poço vejo meu filho correndo para lá, num impulso corro desesperada atrás dele, grito e peço para que pare, mas ele parece não ouvir.  De repente ele para e se vira pra mim com um olhar amável e um sorriso lindo ... do nada sua expressão muda e  ele vai em direção ao poço e pula. Fico paralisada, as lágrimas correm pelo meu rosto, não sei o que fazer!
Os dias passam longos, tristes e cinzas. Ninguém quer ir salvar meu menino.
Sinto-me impotente nesta cidade esquecida do mundo.
Mais um dia acordo, olho no relógio e percebo que dormi demais, cadê minha garotinha?
O pavor reaparece ao ouvir os latidos do cachorro se distanciando na direção do poço.
Vou em direção ao som com a mente confusa e cada vez mais aproximando daquele lugar sinistro, vejo minha filha descendo a rampa e dentro do poço vejo meu cachorro envolvido em uma lama negra, numa busca desesperada pra sair dali, tento ser rápida e me aproximo, mas é tarde demais.... Minha criança cai, o cachorro tenta salvá-la jogando-a pra cima, mas sem sucesso,  eles são engolidos pela lama e tudo desaparece dando lugar a uma profunda escuridão.
Passam-se os dias estou mais uma vez aqui sentada , sem forças, sem ter  noção do tempo .
Sinto-me só, nada mais faz sentido desde que fiquei sem minhas crianças.
De minha janela observo o causador da minha dor, vou enfrentá-lo!
Ele está cada vez mais próximo... paro e encaro a sombra negra que envolve seu interior, não parece tão assustador !
Pulo!,
Sinto o vento batendo em meu rosto, sinto frio... silêncio.....
Hum ... sinto meu corpo todo dolorido, um clarão arde meus olhos e antes que eu raciocine ouço aquela voz masculina :
— Como vai querer viver aqui?
....



sexta-feira, outubro 16, 2015

Sonho Onda Gigante

A guerra começou! O desespero toma conta de todos que correm sem direção , até mesmo o tempo se rendeu acompanhando toda  destruição. O mar está revolto, suas ondas estão cada vez maiores dominando a margem.
Eu só penso em correr!!
A onda foi mais rápida do que minhas pernas, ela toca minhas costas ferozmente, naquele desespero eu acabei aprendendo a nadar na marra, objetos flutuam na água, agarro uma madeira que me leva até a terra firme, lá encontro outras pessoas.
Avistamos um prédio em construção , subimos as escadas sentindo um certo alívio, estavámos exaustos e uma das necessidades no momento é descansar. Não demorou para escutarmos gritos desesperados misturados com o barulho forte que o vento trazia da rua, fomos espiar no vão que ocupava o lugar das janelas inexistentes ; o mundo estava se acabando bem abaixo de nossos pés; todos se atacando como animais selvagens, corri para o fundo do salão assustada me esgueirando pelo beiral e fui lentamente me arrastando.
O salão onde me encontrava anteriormente agora estava dominado por inimigos; eu, escondida do lado de fora diante dos meus olhos observava a luta sangrenta. Encontrava-me pendurada em um prédio inacabado.........Sinto-me covarde por ter abandonado aquelas pessoas e incerta do meu futuro neste pequeno pedaço de concreto que é o único lugar que considero seguro...... seguro?
........



segunda-feira, outubro 12, 2015

Sonho Casa de doidos

Era uma viagem considerada arriscada que estava fazendo com minha amiga Clara, uma garota mais jovem do que eu e que tenho um grande apreço por sua amizade e sua alegria. Resolvemos ir pelo atalho, um desfiladeiro, em uma Van dirigida por ela mesma. O caminho é lindo, de um lado era possível ver um rio pouco distante enquanto do outro lado era de rochas.

Ao observar melhor o caminho que percorríamos estava se tornando mais estreito a cada metro. A única coisa que pensava era que a Van cairia penhasco abaixo e acabaria no rio, como não era uma nadadora profissional, o medo era forte. Pedi para descermos do veículo e continuarmos a pé, ela felizmente aceitou e assim o fizemos. Não demorou para começarmos a descer e chegarmos em uma área mais baixa onde o rio descansava com sua água pura e límpida.

Resolvemos entrar e era possível ver nossos próprios pés através da água esverdeada, enchi minhas mãos e lavei o rosto sentindo uma sensação maravilhosa.

Depois de um tempo continuamos andando pelo lugar procurando por nada, talvez. Encontramos dois rapazes: um era alto , moreno e o outro baixo que tinha cara de maníaco de filme americano. Eles nos abordaram, estávamos rendidas e fomos levadas para uma casa sem muro, sem portão, sem nada que pudesse dar alguma segurança.

Entramos naquele lugar atordoadas, sem saber o que fazer ou como agir. Existia apenas um sofá na sala e mais nada, algo para podermos nos sentar e apenas ela o fez. Fui em direção a cozinha e avistei um quarto sem  porta onde dava apenas para ver um colchão no chão.

Observando mais atentamente o local senti alguém me agarrando por trás, fiquei sem ação quando de repente fui virada violentamente para frente por aquela mão, vi que era o tal "maniaco". Ele me abraçava bem forte, sentia seu corpo se esfregando no meu, antes que o desespero tomasse conta de mim ele me largou e retornou para a sala. Resolvi ir atrás dele e ele e seu amigo pulavam, dançavam e riam como dois malucos enquanto eu e Clara olhávamos uma para a outra sem entender nada.

Depois de um tempo eles estavam descuidados e saímos da casa, com uma idéia falha de liberdade fomos pegas por eles que nos olhavam em um tom ameaçador. Tinha tantas pessoas andando na rua, mas ninguém olhava para nós, até mesmo uma mulher que estava em minha direção. Não consegui enviar nenhum sinal de socorro, como duas hipnotizadas entramos novamente naquela casa.

Clara resolveu tomar banho, o banheiro ficava de frente para a cozinha e ao olhar do lado da porta observei que a parede era de vidro transparente. Clara estava nua e não tinha como avisar aquilo, ao me virar apenas pude tentar escondê-la, inutilmente, com meu próprio corpo daqueles dois que a olhavam rindo.

O tempo foi passando, fomos para a cozinha encontrando pratos cheios de restos de comida e enquanto limpávamos aquela sujeira, encarávamos uma a outra com um mesmo pensamento: Até quando ficaremos presas aqui?
.......



Sonho Tsunami e Deserto

Em frente ao mar observo como ele está agitado, estou receosa porém vou entrar... a água está fria, as ondas batem com força em minhas pernas e de repente a água muda de cor, vejo um tom marrom invadindo toda a imensidão do mar.

Vou sair daqui!

Ao chegar na areia olho para trás e o marrom desapareceu vendo que tudo está, estranhamente, como antes. Volto para casa sem entender nada, passo por ruas estreitas enfileiradas por um monte de casinhas simples e logo chego em frente a minha casa: um sobradinho simples, sem quintal e portão.

Sinto uma sensação estranha e resolvo retornar para o local mais próximo: a praia, ao chegar no começo da areia percebo que as ondas sumiram. Fico ali parada, observando por alguns minutos em um silencio absoluto, vejo surgir ao longe uma onda gigantesca que me deixa paralisada por alguns segundos, mas a grande onda esta cada vez mais próxima e se choca contra meu corpo me despertando. Corro para minha casa em uma luta para ser mais forte que a água, mas as ruas já estão ficando submersas, continuo meu caminho tentando ir cada vez mais rápido e antes de entrar em minha casa,me viro vendo tudo se acabando.

Parada em minha sala fico pensando no mundo lá fora, decido  subir até meu quarto,  sento em minha cama totalmente confusa, não quero mais pensar em nada! Quanto tempo passou? O que está acontecendo? Acordo de meus delírios e resolvo tomar coragem para enfrentar, respiro fundo e abro a janela. Nossa! Uma claridade arde meus olhos, onde está as casinhas? Uma imensidão de areia cobre tudo e ao olhar para baixo percebo que o chão está abaixo da janela. - E agora , o que fazer?
.........


domingo, outubro 04, 2015

Sonho Praça e Animais

Era uma praça pouco comum, com lojas de produtos variados (algumas tinham a grande placa "fechado" em sua vidraça) e árvores cortadas por ruas estreitas. Encontrei-me caminhando pelas ruas em direção a uma cabana velha, logo vejo ao longe uma pequena cobra colorida com uma cabeça grande. Me aproximo segurando-a pela cabeça com cuidado para não ser picada, passo a caminhar com ela nas mãos até um cachorro me obrigar a joga-lá, e vejo-o abocanhar e cobrir a cabeça do réptil com sua boca enorme levando-a embora.

Assustada, continuo meu caminho por outra rua que cortava aquela em que anteriormente estava. Ando encarando o chão, pensando na situação que passei a poucos minutos atrás. Levanto minha cabeça e vejo um cavalo dentro de uma cocheira que parecia ter sido magicamente colocada naquele lugar, bloqueando o caminho me obrigando a muda-lo novamente.

Caminho em meu retorno para ir na direção oposta, vendo jacarés  em  um  lago  ao  descer pela rua pavimentada.  Mais a frente encontro um rinoceronte, voltando antes que ele me veja ,  me pergunto: como estes animais vieram parar aqui?
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Sonho INSETOS

Lilian acordou cedo sem saber que o mundo lá fora estava virado de ponta cabeça. Ao sair de sua casa para o trabalho  viu  uma cena caótica...